Após uma sessão de prévia que permitiu experimentar a primeira meia hora de LEGO Voyagers, a aventura cooperativa para dois jogadores da Light Brick Studios e Annapurna Interactive, a expectativa era alta. Contudo, a experiência completa revelou um ponto fraco: a duração.

A jornada, repleta de quebra-cabeças e momentos construídos em conjunto, chegou aos créditos finais em apenas três horas e meia, aquém das cinco horas estimadas. Embora a curta duração não seja necessariamente um demérito, a conclusão repentina deixou uma sensação de incompletude. A experiência terminou justamente quando parecia que estava atingindo seu auge.

Apesar desse aspecto, LEGO Voyagers apresenta qualidades notáveis, a começar pelo tom, que se distancia dos jogos LEGO licenciados mais tradicionais. A aventura preza pela curiosidade e pelo encantamento, visível na escolha dos protagonistas e na forma como se movimentam. Os jogadores controlam peças 1×1, uma vermelha e outra azul, com um único olho expressivo, que rolam pelo mundo construído com blocos, com uma física convincente. É possível saltar e se conectar a pinos próximos, adicionando uma camada extra de interação.

As peças 1×1, apesar de não possuírem voz, emitem sons adoráveis que podem ser usados para harmonizar em determinados pontos ou para chamar a atenção do parceiro durante o jogo online. Um sistema de “Passe de Amigo” permite jogar online com apenas uma cópia do jogo, seguindo o exemplo de outros títulos cooperativos.

A direção de arte autêntica e a identidade visual de LEGO Voyagers também merecem destaque. O jogo busca um certo realismo, com cada peça nos cenários em forma de dioramas exibindo o brilho do plástico e o logotipo da LEGO. A iluminação suave e diurna contribui para uma atmosfera relaxante e curiosa, enquanto o uso de luz e sombra torna a experiência visualmente atraente. A ausência de penalidades por “morte” incentiva a experimentação e a diversão.

O objetivo principal é progredir do ponto A ao ponto B, inicialmente construindo pontes improvisadas com blocos soltos. Não existe uma única forma correta de construir o caminho, incentivando a criatividade e a colaboração. À medida que a aventura avança, os quebra-cabeças se tornam mais elaborados, embora ainda haja espaço para maior desenvolvimento.

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