Após o remake de Silent Hill 2, pairava a dúvida sobre a direção da Bloober Team. De um estúdio com histórico de jogos de terror medianos, Silent Hill 2 representou uma reviravolta impressionante, ainda que se apoiasse em um projeto já consagrado. A questão crucial era: a equipe conseguiria repetir essa mágica com uma criação totalmente original?

“Cronos: The New Dawn” responde positivamente. Embora não atinja as alturas do remake de Silent Hill 2, Cronos conquista seu espaço no gênero com uma intensa história de terror sci-fi que deve satisfazer os apreciadores, desde que suportem seus encontros brutais com inimigos.

A experiência em “Cronos: The New Dawn” evoca uma mistura entre Resident Evil e Dead Space. Jogado em terceira pessoa, com um personagem que se move com um peso notável, transmitindo vulnerabilidade, o jogo mantém um nível de dificuldade elevado ao longo de suas 16 a 20 horas de história. Todos os elementos clássicos do survival-horror estão presentes: uma vasta gama de tipos de inimigos que exigem táticas específicas, um gerenciamento rigoroso de um inventário limitado e, principalmente, a sensação constante de chegar mancando à próxima sala segura, onde a música característica se torna a trilha sonora de momentos fugazes de alívio antes de retornar aos horrores desconhecidos que aguardam.

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